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Wilson da Silva, mais conhecido como "Índio", foi selecionado pelo conceituado Grupo canadense Cirque du Soleil
SÃO PAULO - A Faculdade Politécnica de São Paulo abriga um projeto bastante especial. O Grupo Fonte Mirim do Gravatá desenvolve cursos de capoeira, frevo, maculelê, puxada do xaréu, samba duro e percussão para crianças e adolescentes carentes, de 6 a 15 anos, que vivem em favelas ao redor da Cidade Universitária.
A idéia de fundar o Grupo foi do capoeirista e também professor do Departamento de Engenharia e Minas da Escola Politécnica de São Paulo, Sérgio Médici de Eston. Na ativa desde 1996, o Projeto, hoje, tem cerca de 40 alunos e as aulas são dadas em uma pequena sala no Centro Moraes Rego, no campus da Poli.
“Quando começamos havia apenas 10 alunos. O sucesso foi tão grande que precisamos de mais espaço”, conta o professor Sérgio, mais conhecido como Mestre Assanhasso.
O objetivo principal do projeto é dar ao aluno a possibilidade de um futuro emprego. “Meus alunos vivem em um mundo muito violento, aqui eles cultivam a esperança de um dia ser alguém”, explica o fundador do Projeto.
Muitos garotos do Fonte Mirim tornam-se professores em clubes e academias profissionais. Exemplo disso é o aluno Wilson Gaspar da Silva, conhecido entre os colegas da capoeira como Índio.
Wilson foi selecionado pelo conceituado Grupo canadense Cirque du Soleil para fazer parte de seu elenco. Os integrantes do Soleil passam pelo Brasil uma vez por ano atrás de novos talentos. Sabendo disso, o Mestre Assanhasso mandou o histórico do Projeto Fonte Mirim do Gravatá e conseguiu que alguns dos professores da companhia canadense fossem até a Poli.
“Eles escolheram o Índio, que passou por vários testes e finalmente foi selecionado. Em abril será a última etapa. Estamos todos orgulhosos dele e do sucesso e garra do nosso Grupo”, entusiasma-se o Mestre.
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