O gingado africano chegou ao Brasil com os navios negreiros. Mas foi aqui que a arte de lutar e dançar ao mesmo tempo, dando giros, piruetas e mortais no ar, ao som de berimbaus, pandeiros e atabaques, criou vida e foi batizada de capoeira. Conta a história que, em 1890, Deodoro da Fonseca proibiu a execução da arte para reprimir manifestações negras.
Pela primeira vez, a capoeira terá uma política governamental criada para sua preservação, lançada ontem pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil, em Genebra. O motivo do lançamento não ter sido no Brasil é que o programa não tratará apenas dos capoeiristas que estão no Brasil, mas será um Programa Nacional e Mundial da Capoeira, dando apoio a todos aqueles que ensinam a arte em outros países.
A idéia é que embaixadas e consulados possam dar informações sobre a arte, bem como cadastrar os grupos e capoeiristas brasileiros que vivem no exterior. "Há muitos mestres em situação ilegal, que não podem voltar ao Brasil porque se saírem, não conseguirão entrar mais", afirma José Tadeu Cardoso, conhecido como mestre Camisa. Um aspecto do aprendizado da capoeira em outros países é o ensino e divulgação da língua portuguesa, já que não são traduzidos os cantos e os nomes dos movimentos, como meia-lua, rasteira, benção, ginga, martelo ou negativa.
Mestre Camisa tem 50 anos e começou a gingar quando tinha apenas 10. Fundador da Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte Capoeira Abada Capoeira, em 1988, foi um dos capoeiristas que participou das várias conversas promovidas pelo Ministério da Cultura para a elaboração do programa. Para ele, a capoeira "cresce em todo o mundo e no Brasil ainda não tem um reconhecimento maior", reclama o mestre.
Capoeira em todas as escolas é a proposta de Camisa. Segundo ele, a maioria das escolas que têm a capoeira como prática desportiva é da rede particular. "Queremos nas públicas", diz. Outra mudança, que também consta nas ações propostas no programa, é uma parceria entre os ministérios da Cultura, Esporte e Educação para que a capoeira não seja vista apenas como prática desportiva, mas como atividade cultural e artística.
Segundo mestre Camisa, mais de cinco milhões de brasileiros praticam essa arte que se originou nos Estados da Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco. Ele lembra que o mestre João Grande recebeu, de uma universidade americana, o título de Honoris Causa. Para ele, o programa já terá uma grande validade se puder atender aos "grandes mestres, que deram a vida pela arte e hoje passam necessidades".
Entre as ações do programa, estão previstas também a criação de uma previdência específica para artistas e a construção do Centro de Referência, no Pelourinho, em Salvador (BA), que deverá funcionar como acervo de pesquisas, livros, adornos e imagens sobre a capoeira. O programa pretende ainda lançar editais de fomento para projetos que usem a capoeira como instrumento de cidadania e inclusão social.
Pela primeira vez, a capoeira terá uma política governamental criada para sua preservação, lançada ontem pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil, em Genebra. O motivo do lançamento não ter sido no Brasil é que o programa não tratará apenas dos capoeiristas que estão no Brasil, mas será um Programa Nacional e Mundial da Capoeira, dando apoio a todos aqueles que ensinam a arte em outros países.
A idéia é que embaixadas e consulados possam dar informações sobre a arte, bem como cadastrar os grupos e capoeiristas brasileiros que vivem no exterior. "Há muitos mestres em situação ilegal, que não podem voltar ao Brasil porque se saírem, não conseguirão entrar mais", afirma José Tadeu Cardoso, conhecido como mestre Camisa. Um aspecto do aprendizado da capoeira em outros países é o ensino e divulgação da língua portuguesa, já que não são traduzidos os cantos e os nomes dos movimentos, como meia-lua, rasteira, benção, ginga, martelo ou negativa.
Mestre Camisa tem 50 anos e começou a gingar quando tinha apenas 10. Fundador da Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte Capoeira Abada Capoeira, em 1988, foi um dos capoeiristas que participou das várias conversas promovidas pelo Ministério da Cultura para a elaboração do programa. Para ele, a capoeira "cresce em todo o mundo e no Brasil ainda não tem um reconhecimento maior", reclama o mestre.
Capoeira em todas as escolas é a proposta de Camisa. Segundo ele, a maioria das escolas que têm a capoeira como prática desportiva é da rede particular. "Queremos nas públicas", diz. Outra mudança, que também consta nas ações propostas no programa, é uma parceria entre os ministérios da Cultura, Esporte e Educação para que a capoeira não seja vista apenas como prática desportiva, mas como atividade cultural e artística.
Segundo mestre Camisa, mais de cinco milhões de brasileiros praticam essa arte que se originou nos Estados da Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco. Ele lembra que o mestre João Grande recebeu, de uma universidade americana, o título de Honoris Causa. Para ele, o programa já terá uma grande validade se puder atender aos "grandes mestres, que deram a vida pela arte e hoje passam necessidades".
Entre as ações do programa, estão previstas também a criação de uma previdência específica para artistas e a construção do Centro de Referência, no Pelourinho, em Salvador (BA), que deverá funcionar como acervo de pesquisas, livros, adornos e imagens sobre a capoeira. O programa pretende ainda lançar editais de fomento para projetos que usem a capoeira como instrumento de cidadania e inclusão social.
(As informações são da Radiobrás.)
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